Bijuteria do mundo: Os Maasai




Bijuteria do mundo: Trabalho de contas Maasai


Hoje, vamos falar de bijutaria Africana, mais especificamente do trabalho de contas realizado pelo povo Maasai, fonte de inspiração para muitos artistas que tentam trazer as tradições tribais milenares para a modernidade.

 

 

Quem são os Maasai?


Os Maasai são um grupo Africano semi-nómada, localizado no Quénia e Norte da Tanzânia, bastante conhecidos pelo seu trabalho e devoção à criação de bijutaria artesanal.
 

Bijuteria Maasai – O papel das mulheres


A bijutaria criada pelos Maasai é artesanal, colorida, vibrante e muito intrincada, são peças de dificílima execução, criadas exclusivamente pelas mulheres.
Para as mulheres Maasai, a aprendizagem e criação de bijutarias é um dever, ocupando um espaço fundamental na criação de laços, socialização e partilha de ideias.



Bijuteria Maasai – Tradição e Simbolismo


Estas peças carregam um grande simbolismo social, as cores utilizadas, o tipo e forma dos ornamentos, identificam o estatuto social, a idade, o casamento e a sua grande devoção ao seu gado.

Bijuterias Maasai – Materiais utilizados:


Tradicionalmente, os Maasai utilizavam paus, conchas, ossos, madeira, sementes, ervas secas, couro e outros materiais que tinham à sua disposição no meio ambiente. Com a chegada dos Europeus os Maasai passaram a integrar nos seus trabalhos missangas de vidro e plástico.

Bijuteria Maasai - Regras para mistura de cores:


Os detalhes e cores utilizados na bijutaria Maasai seguem um conjunto muito rígido de regras.
As contas podem ter duas classificações:
·         Cores primárias – Branco, vermelho, verde, azul e laranja;
·         Cores secundárias – Amarelo e preto.

Tendo em conta a classificação das cores, é inaceitável a junção de uma cor primária seguida de uma secundária, por ex.:

·         Azul com o preto;
·         Amarelo seguido do branco; ou
·         Vermelho seguido do laranja.

Bijuteria Maasai - O Significado das cores:


Cada cor utilizada tem um significado específico:

·         O Verde representa as pastagens;
·         O Vermelho representa perigo, guerreiros ou sangue;
·         O Branco representa o leite de gado vivo, a pureza, paz e saúde;
·         O Azul representa o céu;
·         O Laranja representa a amizade e generosidade;
·         Amarelo, representa a fertilidade e crescimento;
·         O Preto simboliza as pessoas e as suas lutas.


Bijuteria Maasai: Cestos e Sacos



Bijuteria Maasai: Colares


 

Bijuteria Maasai: Pulseiras:


 

Bijuteria Maasai: Pendentes e Ornamentos:






Bijuteria Maasai: Tradição, elegância e modernidade


Após um breve enquadramento do trabalho de contas tradicional realizado pela cultura Maasai, fui procurar saber qual o futuro e as tendências desta arte.

Fiquei impressionado quando verifiquei que existem várias iniciativas de organizações não-governamentais, que encorajam e implementam no terreno novas formas de internacionalizar esta fantástica herança.

A junção das técnicas de contas tradicionais com design Italiano elevou a percepção dos padrões de qualidade desta arte no mundo.

Como exemplo, encorajo-vos a dar uma vista de olhos aos trabalhos produzidos pela empresa local Tanzania Maasai Women Art, sem fins lucrativos, fundada em 2006, como parte de um projeto do “Istituto Oikos” em parceria com o “Istituto Europeo di Design”.

Este projeto teve tanto sucesso que, em 2008, esta empresa tornou-se independente e auto-suficiente.


Deixo-vos alguns dos trabalhos realizados por esta iniciativa:


 





Outro catálogo lindíssimo, para aqueles que procuram modernidade e originalidade nos seus presentes e ao mesmo contribuir para o crescimento e sustentabilidade das várias comunidades Maasai, é o da Lakely Collection”.

Podem ainda aceder aos catálogos daAfrica Directque oferecem vários tipos de Bijuteria Maasai, contemporânea, feita à mão e única.

Agora, inspirem-se e mãos à obra : -)

Não se esqueçam! Se quiserem enviar-nos fotos dos vossos trabalhos para expormos no nosso blogue, enviem-nos um e-mail.


Bijutaria Maasai: Alguns endereços interessantes utilizados como fonte nesta crónica:


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